4/30/2014

Culinária Literária


O escritor precisa sempre se destacar em pequenos detalhes e gestos literários que o tornarão especial através de sua obra. O livro, no decorrer das páginas, acaba se tornando mais atrativo, quando pequenos detalhes começam a prender e embalar toda a história.
Um dos aspectos importante é a culinária. Não adianta falar sobre um enredo italiano de época e utilizar uma culinária vaga ou contemporânea. Ou então achar que entre eles só existem pizza e macarronada. Pesquise o máximo que puder sobre a culinária da época e descreva a especialidade da família do personagem. Isso fará o leitor se sentir mais entrosado com a história. Se for descrever uma festa, dedique uma boa parte da apresentação descrevendo as iguarias. Se for uma mesa de café da manhã na fazenda, descreva a fumaça e aromas dos bolos, café e chás. Festa indiana ou cerimônia chinesa, a mesma coisa. Seja criativo e faça os leitores virem as mesas decoradas e sentirem o aroma exalando pelo livro.
Se for uma literatura fantástica, use uma coisa meio fora do comum, mas que dê curiosidade para experimentarem, como o famoso suco de abóbora dos livros de Harry Potter. A originalidade consiste em recontar algo de forma peculiar.
E assim, todos os seus textos abrirão apetite literário.

Leo Vieira

4/26/2014

Jefferson Volve Cantará em Evento do Recicla Leitores


Niteroiense, 37 anos de vida e mais de 20 deles de carreira, Jefferson Volve segue sua carreira artística musical com repertório próprio de mais de 70 composições. Depois de um tempo recluso para reformulação, planejamento e criações artísticas e musicais, ele está de volta em uma apresentação no Solar do Jambeiro, em Niterói, com músicas próprias e também alguns clássicos da MPB.
O Evento Lítero-Cultural Recicla Leitores será um grande circuito cultural literário, com a presença de 12 escritores, 2 contadores de histórias, 4 artistas plásticos, um coral musical e 2 professores. Haverá feira de livros, exposições de pinturas, entretenimento, oficinas para crianças e adolescentes e números musicais. Será no dia 10 de maio, sábado, das 13 hs às 17 hs, na Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá, Niterói-RJ.   Como chegar: Pelo terminal de Niterói: Linhas 47 ou 47A.


Conheça as músicas de Jefferson Volve:
https://www.youtube.com/user/JeffVolve

Contato:
jeffvolve@hotmail.com



Leo Vieira

4/24/2014

Personalidade dos Personagens


Aprendemos que um escritor é um artista que tem a habilidade de transformar ideias e textos somente com as palavras. Tudo se molda e se transforma com a sua marca pessoal de transmitir ideias. Tudo está no desenvolvimento.
Uma sinopse é como uma goma densa e dura que precisa ser trabalhada e esticada, tornando mais maleável e útil. Já o texto é uma pedra bruta, que precisa ser trabalhada e lapidada até tomar a forma perfeita do que quer transmitir. Quanto mais lapidada, melhor.
O que infelizmente vemos hoje em muitas obras são pedras brutas. Talvez na pressa de apresentar uma obra ou até mesmo preguiça de mergulhar demais e acabar se perdendo no enredo, uma obra acaba ficando pouco desenvolvida e com uma série de falhas, buracos e pontos rasos, fazendo a leitura passar rápida, sem emoção e com o autor pouco entretido no decorrer das páginas.
Um detalhe muito notável são os personagens. Eles precisam ter suas personalidades muito bem desenvolvidas. Não coloque na obra somente um personagem bom ou mal de referência. Mergulhe nas características. Porque o personagem é bom ou mal; quem é sua família; seus defeitos e qualidades; quais suas habilidades particulares; características físicas e observações; gostos pessoais pra roupa e alimentação; entre outros detalhes. São coisas que sustentam a obra.
Assim como um laboratório de personagens para teatro e cinema, faça também um laboratório para os seus personagens. Sua obra se tornará muito mais interessante e você será um escritor especial.


Leo Vieira

4/17/2014

A Identidade Literária


Quando conhecemos uma história, ficamos fascinados pela forma que foi contada. Isso depende muito do autor, principalmente se ela é original. No caso de uma recontagem, como uma fábula por exemplo, ficamos ainda mais deslumbrados com as características especiais do escritor. Um exemplo notável disso é a Disney, que sempre usa características especiais, como canções e enredos com mascotes e mensagens positivas, sempre apelando para a franquia de brinquedos, revistas e tendenciando as cenas de ação para os modelos de videogame.
No caso de identidades literárias, temos as fábulas, onde ganham várias recontagens, sejam elas no gênero infantil, humor (com paródias), e até mesmo adulto (com mais cenas de ação). Isso torna o autor até mais reconhecido.
Vejam como existem literaturas sobre vampiros, zumbis, anjos e outras figuras
fantásticas, folclóricas ou mitológicas. Cada um usa de seu conhecimento e
imaginação. Quanto mais criativo e menos estereotipado ele for, mais a obra se
tornará verossímil e especial aos seus leitores.
Nunca deixe de pesquisar e fazer diferente quando for apresentar uma nova história.
Sempre há algo que pode ser modificado. Cuidado para não seguir estereótipos já desgastados e muita atenção para algo não parecer plágio.


Leo Vieira

4/09/2014

A Roda


Conhece essa expressão? Em que exatamente ela se aplica? Em praticamente tudo. A Roda, sem dúvidas, é a maior descoberta da humanidade, até mais do que o fogo. A Roda não é um invento. A Roda já existia há muito tempo. A Roda estava e ainda está em todo lugar. Tudo que desenhamos se inicia com proporções geométricas, mas nas formas circulares que ela ganha padronização. Se tudo o que desenhamos e criamos tem o formato de uma Roda, significa que de certa forma, nada é muito original, pois tem o movimento esférico como modelo.
Literariamente falando, o escritor é um reinventor de Rodas. Toda sinopse, enredo, argumento, personagens e roteiro, até esse conglomerado de textos se transformar em um livro é na verdade uma grande Roda. Mas é uma Roda muito especial. Todo romance tem início, meio e fim; além de personagens bons e maus; tramas que andam em um compasso, mantendo o ritmo até o desfecho, deixando o leitor satisfeito a ponto de querer saber mais sobre o autor e aguardar a próxima Roda. Essa é a Roda que o escritor precisa reinventar e assim como o formato, o seu trabalho precisa rodar e girar em um ciclo contínuo, sempre reinventando e aprimorando.
Não tenha medo de recriar. E não tenha pressa em adaptar as suas ideias. Um trabalho bem feito precisa de tempo e de aprofundamento. Pense, crie, desenvolva e a sua ótica será apreciada como uma grande redescoberta.


Leo Vieira