Diz
um ditado que "não se julga um livro pela capa", certo? Correto. Eu
já li muitas obras preciosas, cuja capa era muito sem graça e sem
"vida". Da mesma forma, também notei muita capa exuberante apresentando
uma obra enfadonha, mal-elaborada e cheia de clichês muito saturados.
Reconhecemos
que com o advento da tecnologia e o aprimoramento das tendências digitais de
hoje, é possível fazer uma boa criação, apelando para todos os recursos
digitais disponíveis do Corel ao Photoshop, entre outros programas complexos
para edição e desenvolvimento de imagem.
A
função da capa é fazer uma breve abordagem visual ao leitor, que ficará atraído
com o título. A capa é a primeira coisa a chamar a atenção, seguida pelo título
e sinopse. Desta forma, a escolha da cor de fundo é essencial. Se for uma
ficção tranquila, azul; se for um drama, cinza; um romance cheio cenas bonitas?
Rosa; uma aventura com muita ação? Vermelho, laranja ou tons com efeito
luminoso. Terror com apelo macabro? Preto! E por aí vai.
Na
escolha da imagem central, evite fotos (sugestão). Faça opção por um desenho
bruto, ou sombra, com efeitos simples. Lembre-se que capa de livro não é banner
de cinema.
Exemplos:
Nuvem, jarro, corações, chama, machado, etc. Coloquei os exemplos
respectivamente com o exemplo das cores, no parágrafo acima.
Não
quero ser radical e pedir para que evitem escolher certas coisas, mas se
atentem para serem originais nas escolhas das capas de suas obras. Prestem
atenção como existem capas com imagem de close de olhos e também com punhais de
ponta cabeça. São muitos. Procurem fazer a diferença e não se deixarem se levar
pelo esteriótipo.
No
meu caso, eu tinha uma ideia, mas deixei que a editora cuidasse de tudo. O
efeito foi até melhor que o esperado. Eles utilizaram uma das cenas da história
e transformou nesse desenho tribal, fazendo um misto de cruz e adaga, cuja base
horizontal se parece com os olhos de um dos vilões da história.
Muitas
vezes é a editora que cuida de tudo isso, seguindo o estilo do capista e da
editoração da empresa. Porém, o autor também pode deixar sugestões e palpites.
É nesse momento que o escritor pode ressaltar no que NÃO QUER em sua capa.
Resumindo,
a capa do livro não pode ser padronizada como embalagem de remédio, nem
deslumbrante como uma capa de DVD, com excesso de cores, fazendo até poluição
visual. Observem as capas de livro mais antigas. Ao revisar sua obra, pense no
objeto central que representa a história e peça para que tal item apareça no
livro. Deixe o seu livro atraente em todos os aspectos.
Leo Vieira
Ótimo texto. Parabéns pelo projeto e pelo ótimo Blog.
ResponderExcluirFabiano