É
muito comum na vida de um leitor e/ou escritor ocorrer as conhecida insônias
por conta do texto que está lendo, revisando ou escrevendo. Um escritor sempre
perderá a noção do tempo durante as suas imersões literárias.
Mas
por que será que a madrugada é um período tão apreciado? Muito simples: a madrugada
é praticamente o ápice para que o cérebro possa trabalhar e desenvolver o senso
criativo. É nesse momento que temos os sonhos mais absurdos e inimagináveis.
Mas
nem sempre nos lembramos deles quando acordamos, exatamente pelo fato da madrugada
ser o momento de relaxamento total das ideias. Outro fator que torna a
madrugada especial é o silêncio. Quando estamos sem barulho por perto, temos
mais capacidade para raciocinar e também nos distraímos muito menos.
Durante
o dia, armazenamos informações, imagens, vozes, fisionomias, momentos notáveis,
melodias, entre outras preciosidades sem muita importância no momento. De madrugada,
quando o corpo começa a se desligar da realidade para o merecido descanso, a
mente começa a se agitar e trazer à tona todas essas informações de forma
intensiva e até descontrolada. A situação chega a ser incômoda, como um peso de
consciência. O momento especial em que você se torna cúmplice de suas ideias apresentadas
no papel. Aprecie esse momento porque a noite será longa, coroando mais um dia
que valeu a pena.
Só
pra ressaltar; esse texto também foi escrito em uma madrugada.
Quando se faz o bem o universo
conspira a favor com coincidências inexplicáveis.
Adélia Martins tinha tudo para
passar pela vida, apenas passar, mas ela fez mais do que passar. Ela passou e
plantou uma semente que germinou e dela brotou uma bela árvore que ainda continua
frutificando na nossa cidade. A árvore do conhecimento.
Aos 29 dias do mês de agosto do
ano de 1872 nascia no município de Boa Esperança, cidade de Rio Bonito a heroína da educação gonçalense.
Adélia Martins era filha do médico Dr. Joaquim de Almeida Marques Simões e
Maria de Freitas Simões, os grandes responsáveis pela sua alfabetização. A
menina nasceu obstinada em realizar seu sonho e ainda nova começou a lecionar para
os colonos e vizinhos da fazenda onde residia em Rio Bonito. Mas ela queria
mais, queria se especializar e seu pai deixou a grande missão de prepará-la
para Escola Normal de Niterói com o seu amigo também médico Edmundo March,
filho do famoso médico Dr. March.
Quando ingressou na Escola Normal
de Niterói Adélia já tinha 5 filhos e nos dias de aula sem ninguém que pudesse
cuidar enquanto assistia as aulas, os
deixavam no Grupo Escolar “ Barão de Macaúbas”, do respeitado pedagogo do
período monárquico Abílio Cesar Borges. Foi
nesse período que foi chamada de heroína pelo seu professor Ataliba Lepage.
Durante a gestão do Presidente do
Estado do Rio de Janeiro Dr. Alberto Torres (deu o nome ao Hospital Estadual no
bairro de Colubandê) Adélia Martins foi nomeada professora subvencionada no
próprio Município onde morava. Mais tarde, no governo de Dr. Nilo Peçanha
acabaram as subvenções e nessa parte da vida que São Gonçalo ganha o coração de
Adélia que se muda para São Gonçalo alugando uma salinha na casa do senhor
Salvino de Souza em uma região chamada Coelho (atual bairro de mesmo nome) onde
na época não existia nenhuma escola.
Adélia determinada na missão,
começou a correr a freguesia passando de casa em casa dos moradores do local avisando-os
para mandarem seus filhos para escola sem se preocuparem com custo, tudo 0800.
O resultado foi tão satisfatório que a salinha não deu mais para comportar tanta
criança, e Adélia não perdendo tempo adquiriu da família Duque Estrada a antiga
casa grande da Fazenda do Coelho.
Pedia doação de caixotes de
madeira aos comerciantes locais para servirem de banco para seus alunos, para o governo pedia doações de materiais
escolares (caderno,giz e quadro). Também conseguiu com que o governo através de
doação fizesse um grande galpão de madeira e telhas para atender mais alunos.
Adélia era muito querida por
todos no palácio do governo, levava frutas frescas, pudim e bolo.
Com tamanha força de vontade
Adélia foi reconhecida pelo então prefeito de São Gonçalo Geraldo Ribeiro que a
nomeou professora Municipal. Mas Adélia queria mais e não satisfeita conseguiu
que o então Presidente do Estado Dr. Feliciano Sodré a incluísse no quadro de
professores efetivos do Estado e foi nomeada para uma escola vaga numa fazenda
do Município fluminense de Vassouras.
Mas seu lugar não era ali, e
guerreira como sempre, consegue o maior de seus objetivos. Intercedeu junto ao
Presidente Feliciano Sodré a sua transferência
da escola em que trabalhava no Município de Vassouras para o Coelho, e
doou a escola de sua propriedade para o Estado onde passou a existir como grupo
escolar.
Em 1966 o então prefeito Joaquim
de Almeida Lavoura com a presença do governador do Estado General Paulo Torres
realizou a inauguração oficial do grupo escolar Colégio Estadual Adélia Martins
no Campo do Coelho. E até hoje funciona
em 4 turnos diários com mais de 1000 alunos.
Essa árvore que nossa heroína
plantou frutificou e é responsável pela formação anual de dezenas de gonçalense
moradores do Coelho e adjacência, os armando para enfrentar o mundo com a
melhor de todas as armas. A educação.
Exatos 66 anos após a morte de
Adélia Martins uma menina de 12 anos e sua paixão pela leitura faz a diferença
na vida de pessoas que antes não conviviam com o fantástico mundo da literatura
e consequente os enriquecendo culturalmente e socialmente. Essa menina cria o
Projeto Recicla Leitores.
Victoria inspirada pela sua mãe em
fazer o bem foi convidada a visitar a Cidade de Deus através de uma ONG
inglesa. A menina que adora ler durante a visita não desgrudava de seu livro,
logo foi alvo de olhares atentos das crianças que a cercavam. Sem titubear
perguntou a sua mãe o que tanto as crianças a olhava. Sua mãe explicou que
aquelas crianças não tinham o habito da leitura e aquele gesto aguçou a
curiosidade, já que o acesso a livros daquelas crianças eram apenas aos
didáticos. Então mobilizou todos os familiares a contribuírem com livros para aquela
meninada tão carente.
Não é que a menina conseguiu!
Arrecadou uma grande quantidade de livros e não parou mais. Continuou
arrecadando e doando em formas de eventos em várias comunidades do Rio de
Janeiro.
Com a grande quantidade de livros
chegando de todas as partes do Brasil a família Recicla Leitores conta apenas
com a sua residência para guardar esses livros e a casa ficou pequena para este
acervo, pois o número de livros que chegam é maior que o número que saem. Então
mediante ao crescimento do acervo, Aline Lucas percebeu a necessidade de um
espaço para receber os livros fazer sua triagem, limpa-los, etiquetá-los para o
próximo evento itinerante. Foi nesse momento que a família Recicla Leitores
pensou em comportar não só um lugar de armazenagem e sim uma biblioteca onde
contemplasse a comunidade ao redor.
Um casal de amigos da família acompanhando a
dificuldade cedeu um espaço de 106 m² para construção da biblioteca, no bairro
do Coelho, justamente na proximidade do Colégio Estadual Adélia Martins onde
essa guerreira construiu com seu suor um colégio fundado em uma educação
com amor ao próximo. Um amor que se
repete através da história com Victoria e sua família na construção da primeira
biblioteca comunitária do Coelho.
A previsão é que neste primeiro
semestre a biblioteca esteja funcionando a pleno vapor atendendo não só os
alunos do Colégio Estadual Adélia Martins, mas toda a comunidade do Coelho. Com
o auxilio do Rotary Clube de São Gonçalo esse mesmo espaço contará com uma
brinquedoteca e um ponto de leitura. Victoria e sua família ainda lutam para
conseguir material para obra. E quem quiser saber como ajudar basta entrar no
site do projeto (www.reciclaleitores.com.br).
Dom
Quixote de La Mancha era um lunático que se achava um cavaleiro andante,
desbravando um pseudo-heroísmo combatendo perigos imaginários.
Profissionais
malucos, que adoram sofismar desafios sem provas existem em todos os segmentos,
inclusive literários. Isso porque uma mentira precisa ser reforçada,
compartilhando com outros, até fazer o próprio falsário acreditar no seu
próprio boato e assim, viver de sua biografia fantasiosa em seu mundo ilusório.
E
quando a casa começa a cair, junto com a máscara e a reputação, ele começa a se
refugiar em uma época em que ele supostamente foi mais famoso, rebuscando
momentos, premiações e reconhecimentos inexistentes.
Também
já vi muitos exemplos de ex-artistas e até mesmo pregações pastorais surreais,
com história de fazer inveja a qualquer imperador de conto de fadas.
Sempre
que for compartilhar uma atividade cultural com um mitomaníaco literário,
pesquise sempre a biografia e referências. Não fique conivente dos erros dos
outros, nem mesmo dê corda para loucuras alheias. Senão você nem será o Sancho
Pança e sim o Rocinante (o cavalo do D. Quixote).
Todo
escritor tem o seu rumo traçado e seu alvo destacado. Não importa para onde e
como será isso, isso não o torna diferente dos demais. Muitos apenas querem
publicar para um grupo pequeno e para isso, somente precisa de um pequeno e
reduzido lote. Outros esperam se aventurar agressivamente, com metas cada vez
mais ambiciosas.
Seja
como for, o importante é saber exatamente onde quer chegar e como irá chegar,
da mesma forma que um capitão traça o seu caminho marítimo. E para isso é
essencial a DECISÃO.
Quando
decidimos, ficamos mais firmes em nossas ações. É algo como que se abrissem as
alas com as palavras. Isso é extremamente importante não só na caminhada
literária, como também em qualquer outra etapa e rumo de sua vida.
Se
você ficar meio disperso, xoxo ou dando qualquer brecha de indecisão, pode
acabar se tornando um marionete nas mãos dos espertos.
Vou
explicar como isso acontece. Infelizmente isso não se exemplifica somente no
eixo literário, mas em todo o campo profissional. O nosso mundo comercial é tomado e imperado
pelos "espertos" que sobrevivem dos "bobinhos" que se
demonstram perdidos em suas decisões. Esses "espertos" procuram os
"bobinhos" para darem partidas em seus projetos particulares, sempre
com a história de que "será bom para a sua carreira também".
E no
fim, o seu projeto fica "engolido" por ele e quando você notar,
apenas colaborou para o projeto alheio, sem conquistar nenhum reconhecimento.
Eu
tenho visto muito disso por aí, em especial com atores e autores.
Antes
de escolher qualquer rumo profissional, tenha decisão e imponha valor (preço
mesmo) em sua atividade, que é profissional.
A ideia da Biblioteca Comunitária do Recicla Leitores é deixar o ambiente interativo, animado, aconchegante e divertido.
Você escolhe ler um livro ou assistir um filme baseado em algum livro. Já imaginou?
Você escolhe ler um livro ou brincar com os personagens em pelúcia desse livro...
Este lugar só existe na nossa imaginação por enquanto, mas poderá se transformar em realidade. Saiba como acessando o nosso site www.reciclaleitores.com.br
Ou
"Olá Amigos. Nós da Kombi Lovers e nossos amigos do Ferrugem BR e Sampa Kombi Club, estamos reunidos parar divulgar aqui a campanha da construção da 1ª Biblioteca Comunitária Recicla Leitores. O Projeto Recicla Leitores foi idealizado por Victoria Wolbert, uma menina na época com 12 anos, que plantou no coração de sua mãe, Aline Lucas, a chama desse projeto, pelo amor que tinha pelos livros. Aline viu como um livro pode realmente unir famílias, e ao mesmo tempo faze-las pensar por si mesmas. Este projeto visa formar novos leitores de forma itinerante em cada região do Estado do Rio de Janeiro, transformando vidas através da leitura. Mas agora esse mesmo projeto precisa de sua ajuda na construção desta biblioteca comunitária, onde serão guardados os livros doados por todo o Brasil. Essa Biblioteca estará localizada em São Gonçalo, Zona Fluminense do Rio. Esperamos em breve que ela seja a matriz de várias outras bibliotecas filiais. Quem poder ajudar de forma capital, na mão de obra da construção da biblioteca, estaremos fornecendo aqui o número da conta: Caixa Econômica Federal AG: 3594 Conta Poupança (5zeros) 211-0 Operação :13 Aline da Silva Lucas ou através do PagSeguro direto no site do Recicla Leitores. Mais detalhes vocês vão encontrar no site www.reciclaleitores.com.br Fan Page: www.facebook.com/reciclaleitoresfan Ficamos agradecidos em qualquer tipo de ajuda que vocês possam oferecer ao projeto, pois sabemos que, apenas formando um cidadão através de uma educação onde os livros estão em primeiro lugar, é que teremos um país melhor para se viver. " Palavras dos gestores do site www.kombilovers.com
Todos
nós já tivemos nossos textos recusados por uma editora tradicional. É muito bom
saber das alternativas práticas oferecidas por uma editora por demanda, mas é
claro que todos nós também queríamos que uma grande editora acolhesse nossas
obras para enfim podermos contar com uma ampla estratégia de marketing,
publicação e distribuição, mesmo com os direitos autorais tão reduzidos.
Eu
mesmo tive muitas cartas de recusa. Algumas nem se preocuparam em me responder.
Eu até entendo, pelo fato do escritório receber diariamente dezenas de encadernações
por correio, além de uma infinidade de arquivos virtuais.
Vamos
listar alguns motivos notáveis da editora recusar uma obra. Talvez você se
identifique com alguns desses itens:
1- A Editora não pediu nada
Isso
acontece constantemente. Existe uma época em que a editora "abre a
porteira" para um número limitado de obras e depois se fecha. É o período
de análise e filtragem do que recebeu. Fique esperto no momento em que eles
pedirem.
2- A Editora não Publica obras de
Autores Iniciantes
Observe
a linha editorial da sua futura aliada literária. Existem editoras que publicam
mais da metade da lista só de publicações estrangeiras. Cuidado também para não
mandar um romance para uma editora que somente publica livros técnicos ou
religiosos. Além de gafe, demonstra total desconhecimento.
3- O Autor não Obedeceu as Normas da
Editora
Se a
Editora pedir impresso, mande-o impresso. Se a Editora pedir em arquivo digital
em Word, fonte Arial, tamanho 12, numerado, em letras pretas sem negrito, nem
itálico, mande-o dessa forma exigida. É nesse momento que a obra passa pela
primeira filtragem. E eles descartam sem dó.
4- O Gênero é Chato
Raramente
uma editora irá publicar e distribuir um livro de poesias, ou trovas, ou
crônicas, ou qualquer texto de ótica mais pessoal do autor. Não que elas sejam
ruins, só que elas não têm apelo comercial e são mais adequadas para um lote
limitado em um determinado evento restrito.
5- Péssima Apresentação
É o
pouco momento que o autor tem para se apresentar junto com o seu texto. Muitos
não são práticos nem claros o suficiente no decorrer das linhas, fazendo o
editor nem mesmo terminar de ler a carta.
Seja
franco e objetivo na sua apresentação e na sinopse da obra. Se ficar fazendo
firula de que "a obra vai revolucionar o mercado literário", a carta
será picotada.
6- Erros Ortográficos
Isso
é terrível, inadmissível e imperdoável! Um escritor é um profissional que
trabalha com as palavras. É claro que erros todos nós podemos cometer, assim
como um cantor pode desafinar, um desenhista errar um traço ou um músico errar
uma nota. Mas preste atenção: Na medida que lemos e escrevemos, ganhamos
intimidade com as palavras e com isso, nossos errinhos são quase nulos com o
passar da prática.
Muito
cuidado para não errar feio na sua primeira impressão.
É
claro que não é só isso. Mas esses são os mais destacados. O resto você vai
desenvolvendo e também descobrindo nas demais postagens anteriores. Boa sorte!