Dom
Quixote de La Mancha era um lunático que se achava um cavaleiro andante,
desbravando um pseudo-heroísmo combatendo perigos imaginários.
Profissionais
malucos, que adoram sofismar desafios sem provas existem em todos os segmentos,
inclusive literários. Isso porque uma mentira precisa ser reforçada,
compartilhando com outros, até fazer o próprio falsário acreditar no seu
próprio boato e assim, viver de sua biografia fantasiosa em seu mundo ilusório.
E
quando a casa começa a cair, junto com a máscara e a reputação, ele começa a se
refugiar em uma época em que ele supostamente foi mais famoso, rebuscando
momentos, premiações e reconhecimentos inexistentes.
Também
já vi muitos exemplos de ex-artistas e até mesmo pregações pastorais surreais,
com história de fazer inveja a qualquer imperador de conto de fadas.
Sempre
que for compartilhar uma atividade cultural com um mitomaníaco literário,
pesquise sempre a biografia e referências. Não fique conivente dos erros dos
outros, nem mesmo dê corda para loucuras alheias. Senão você nem será o Sancho
Pança e sim o Rocinante (o cavalo do D. Quixote).
Leo Vieira
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