4/25/2016

Leo Vieira: A Culpa é De Quem?

Você finalmente realiza o sonho de publicar um livro! Junta uma boa grana, procura uma editora por demanda legal, investe nos registros, arte, revisão, diagramação, lote e quando lança... quase ninguém compra!
Você volta pra casa com aquela pilha inútil de livros e o volume é ameaçado pelas traças e mofo. Você negocia uma consignação com uma livraria e perde metade do que poderia lucrar com as vendas. Poucos exemplares são vendidos, isso porque naquela mesma época, a Disney promoveu um mega lançamento de diversos títulos de Star Wars e Heróis Marvel no formato de romances. As prateleiras foram todas tomadas e seus livros foram parar lá no canto da estante.
Você então é chamado para buscar os exemplares restantes e recebe o seu repasse das vendas que mais parece um comissionamento. Você então acaba fazendo uma liquidação pela internet e decide vender tudo a preço de custo, mas no fim das contas, você acabou tendo uma despesa maior. A solução é respirar fundo e praguejar o mercado literário nacional que menosprezou sua obra.

Prepare-se agora para a sacudida de quem também já passou por isso:
- Arrumar um culpado para os seus fracassos é uma atitude imatura.
- O fato de escrever uma boa história não é garantia para o êxito nas vendas.
- Editora por demanda é prestadora de serviço e não é obrigada a promover venda nem marketing de seu livro.
- Livrarias são comércios e não são obrigadas a darem mais atenção a livro nacional independente.
- O mercado editorial é para todos e assim como você, a Disney também está investindo (e muito dinheiro por sinal) para promover seus produtos nas versões literárias também.


Mas não desanime. Procure entender mais como os grandes autores e editoras fizeram para ganhar espaço neste mundo tão competitivo. Nem tudo é feito a base de dinheiro. Criatividade e esperteza para agir no momento certo conta muito e nos dá o merecido espaço.
Leo Vieira

Acompanhe a campanha de incentivo à leitura "Leia + Livros", do Leo Terário.

® Leo Vieira- Direitos Reservados 

4/18/2016

Leo Vieira: Por Que Não Somos Valorizados?

Você lançou um livro, mas os colegas da rede vivem te pedindo um exemplar grátis ou então você é blogueiro, mas os colegas vivem te pedindo pra revisar textos e fazer marketing virtual gratuito, entre outras coisas. Eventos literários são realizados e você acaba gastando muito mais que o programado.
Isso chega a dar uma amargura e ficamos a pensar no motivo de tantos outros terem dado certo.
Mas daí fica a questão: O que é preciso fazer para ser valorizado?

Não existem regras para isso, a não ser a autodivulgação, que deve ser moderada. Exposição demais causa certa estranheza, como se fosse uma "boemia virtual". Aparecer demais em tudo quanto for evento (inclusive os quais você não foi convidado) pode também desgastar a sua imagem.

Há uma frase que diz que "uma conversa é como uma boa refeição: devemos abandoná-la um pouco antes de nos fartar". O profissional que se expõe demais, também tende a parecer inconveniente. Devemos deixar saudade por onde passarmos e fazer a pessoa desejar o nosso breve retorno.
Quanto ao livro, fazer inúmeras postagens virtuais publicitárias podem causar um efeito negativo. Quem nunca foi banido de uma página ou até bloqueado por um amigo virtual por conta de postagens sequenciais inconvenientes? Para vender é preciso atrair atenção, despertar interesse e desejo do leitor e assim você arremata, retirando prontamente um exemplar de sua mochila e assim fechando a venda. No caso de um blogueiro, um profissional interessado
pesquisará no momento certo a sua biografia e assim fará uma boa proposta de trabalho, a qual você dará um certo tempo para analisar.

Esteja sempre preparado e mantenha sua biografia atualizada.

Leo Vieira
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4/11/2016

Leo Vieira: Até Onde Podemos Ajudar?

Há uma frase popular que diz: "quem não vive pra servir, não serve pra viver". A vida da gente somente tem valor quando nos dedicamos a outra e assim nos sentimos gratos por ter tido uma utilidade em um momento tão oportuno.
Devemos sim ter prazer em ajudar, porém devemos ter utilidade nisso. O que adianta fazer algo quando a outra parte pode muito bem fazer? Não seria mais prático ensinar a pescar do que dar o peixe sempre?
É esse um ponto que me deixa muito intrigado. Uma pessoa que não faz questão de aprender e vive te pedindo sempre as mesmas coisas pode sim te fazer repensar a situação. Se o "favor" que você faz costuma ser rotineiro e ainda por cima para alguém que pode muito bem pagar por isso, está na hora de mudar esse quadro. Chame o "cliente" para conversar e pergunte se ele quer aprender ou então honrar o seu trabalho feito gratuitamente com tanta dedicação.

Seja esperto!

Leo Vieira

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4/04/2016

Leo Vieira: Conivências

Quando nos envolvemos no mercado literário e editorial, é comum conhecermos diversos tipos de profissionais, sejam escritores, blogueiros, entre outros. Esses companheiros estarão conosco no meio virtual e também em possíveis encontros presenciais, como eventos culturais,
literários e lançamentos de livros.
Uma coisa muito comum de acontecer é um possível desentendimento entre profissionais, gerando uma separação coletiva. Dependendo do grau de popularidade do escritor ou blogueiro, acontece até um verdadeiro divisor de águas. Já presenciei uma situação de briga entre presidentes de academias de letras que gerou um incidente cultural de proporção internacional.

O que devemos então aprender com tudo isso?
Quando publicamos livros e blogs, nos tornamos pessoas públicas. Somos lidos, acompanhados e monitorados. Temos que dar bons exemplos. Precisamos ter classe e sabedoria para lidar com tudo isso. Brigas e desentendimentos podem sim ocorrer, mas ninguém é obrigado a compactuar
com isso. Ninguém é obrigado a concordar com todos, mas se cada um fizer a sua parte, ninguém mais fica afetado e ninguém sai perdendo.

Mantenha discrição, esteja disposto a dialogar e não alimente as divergências dos outros.

Leo Vieira

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