4/21/2013

Recicla Leitores apresenta o Japa Lanches

 Alimenta o corpo e a mente


Você já se imaginou entrando em uma lanchonete e se deparar com centenas de livros espalhados no balcão e um senhor com traços orientais manuseando uma chapa  e com um sorriso cativante dizendo que pode levar o livro que quiser e quando acabar de ler devolver para que outros tenham a oportunidade de também ler o mesmo livro. – “ Aqui alimentamos não só o corpo, mas também o espírito”.

Para a alegria dos  “gulosos” por leitura e um ótimo lanche, esse lugar existe. Trata-se do “Japa Lanches” na Rua Francisco Rocha, 59 no bairro de Porto da Pedra em São Gonçalo. O espaço foi carinhosamente batizado de bibliojapa. Sr. Osvaldo Roberto conta que a ideia nasceu de fazer um clubinho de leitura entre as crianças do bairro.  Sem fugir da sua origem oriental Sr. Osvaldo durante esses encontros não poderia  deixar de fazer seus origamis, tornando a leitura mais lúdica entre os pequenos. Ele acredita que a igualdade está na educação e ler é saber.


Nesse lugar encontramos  o verdadeiro X-TUDÃO. Onde saboreamos  esse misto de sabores que só a literatura proporciona. É por isso que nós da família Recicla Leitores acreditamos que gestos como esse mudam o mundo para melhor e com prazer alimentaremos essa saborosa biblioteca ampliando esse cardápio de sonhos.

Por: Alex Wölbert   

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4/19/2013

Dia 19 de abril Dia do ÍNDIO



A comemoração do dia do Índio faz homenagem a uma ampla diversidade de povos que tiveram papel fundamental na formação cultural e étnica da população brasileira. Estando aqui muito tempo antes dos colonizadores europeus e dos escravos africanos, a população indígena desenvolveu uma rica cultura formada por diversos costumes, línguas e saberes que ainda se mostram vivos no interior da sociedade brasileira.

O processo de instalação dos índios em nosso território é compreendido a partir das teorias que discutem a ocupação do continente americano. Segundo algumas pesquisas, os primeiros grupos humanos que aqui chegaram eram provavelmente oriundos de regiões da Ásia e da Oceania. Com o passar dos séculos, essas populações pré-históricas se espalharam pela América e, consequentemente, deram origem a uma infinidade de civilizações e culturas.

Ao longo da colonização, a relação entre os índios e os europeus foi visivelmente marcada pela lógica do conflito. Muitos colonizadores ambicionavam explorar a mão de obra indígena através da escravização desses povos. Sob o aspecto cultural, os índios sofreram um processo de aculturação promovido pela ação catequizadora dos padres jesuítas. Durante boa parte de nossa história, o índio era visto como uma figura “selvagem” ou “infantil” que precisava ser necessariamente “civilizada”.

Somente no século XX, algumas políticas começaram a ser implantadas no sentido de promover a integração dos índios à sociedade brasileira. Apesar das boas intenções percebidas nesses esforços, muitos dirigentes e representantes do Estado não conseguiam ver uma política adequada que efetivamente respeitasse as peculiaridades que constituem a população indígena. Por muito tempo, o índio foi colocado sob a tutela do governo, configurando uma espécie de “cidadão menor”.

Atualmente, vários dispositivos legais procuram garantir uma série de diretos aos povos indígenas do Brasil. No entanto, os índios ainda sofrem com o interesse de fazendeiros, madeireiros e garimpeiros que tentam explorar as suas terras em benefício próprio. Em meio a esse conflito, o contato dessa população com os índios promove uma série de mudanças que vão desde a instalação de epidemias, até a mudança nas relações socioculturais que anteriormente organizavam esses povos.

De fato, o dia 19 de abril não serve apenas para celebrarmos a contribuição ancestral dos índios na formação da sociedade brasileira ou a necessidade de conservarmos a cultura indígena. Devemos primordialmente salientar a urgente demanda de se enxergar o índio como um cidadão que tem o direito de determinar o seu próprio destino. Não cabe à sociedade capitalista ou aos governos orientar as escolhas desse povo que há tanto tempo aqui se estabeleceu.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Por Rainer Gonçalves Sousa

4/04/2013

Homenagem do Recicla Leitores ao Centenário de Joaquim de Almeida Lavoura

Imagem: TV Ponto de Vista




Naturalmente amamos a nossa terra natal, porém esse amor fica mais forte e apaixonado quando adotamos uma cidade, sua gente e sua cultura. Exemplo disso foi o que aconteceu com o garoto simples do bairro do Caju, na cidade do Rio de Janeiro, Joaquim de Almeida, que adotou a cidade de São Gonçalo não só como moradia, mas arregaçou as mangas e batalhou para que ela crescesse e se desenvolvesse.  Na contramão de qualquer político engravatado e com a simplicidade de um trabalhador rural, Joaquim de Almeida adotou “Lavoura” ao seu nome, e não foi por marketing para afirmar a simplicidade, mas sim a simplicidade de homenagear sua querida avó paterna. Não era seu nome que o deixaria mais simples e sim o seu comportamento que o  fez uma lenda na política de São Gonçalo.

Um homem que suou a camisa trabalhando 12 horas diárias como lenhador para no final do dia ganhar Cr$ 4,00 (Quatro Cruzeiros)  tinha que ser mesmo representante do povo. Alem de lenhador Lavoura foi pescador seguindo os passos do pai, e quis o destino que ele entrasse na política justamente para defender essa classe que ganha à vida com pescado. Foi em 1931 com 21 anos de idade trabalhando em uma fábrica de conservas de peixe que lutou contra o decreto federal onde o então Ministro da Agricultura General Juarez Távora criou um Entreposto Federal da Pesca, onde os pescadores eram obrigados a entregar ali toda sua pesca, e um leiloeiro designado pelas autoridades, revenderia os peixes aos consumidores  pelo preço que ele mesmo determinaria e cobraria 5% do bruto da venda. Lavoura com sua nata liderança logo tornou-se representante dos pescadores nessa luta e a vitória surgiu na anulação do artigo.

Só mesmo aos 33 anos que Joaquim de Almeida Lavoura entrou de cabeça na política filiando-se ao PSD, Partido Social Democrata, era oficialmente candidato e se elegeu como um dos vereadores mais votados. Lavoura não tinha mais o salário de lenhador, ganhava mensais Cr$ 1.300,00 com o salário de vereador, porém simples como sempre foi sua vida, achava que aquele salário era mais do que precisava e mês sim e mês não doava todo salário para o Hospital de São Gonçalo. Esse gesto não é comum entre políticos, principalmente os de hoje,  mas não foi só esse gesto que tornou-o um político popular. Era comum encontrá-lo em canteiros de obra trabalhando entre operários e a noite ainda tinha pique para se dedicar as necessidades de sua administração. Tornou-se conhecido como “O Vereador de Tamanco” (como se chamava os calçados dos operários da época).

Antes de se candidatar a prefeito em 1954, Lavoura tentou sem sucesso candidatar-se em 1950 à  Assembléia Legislativa.
Deve ter sido uma punhalada pelas costas quando seu partido, PSD, rejeitou sua candidatura para prefeitura de São Gonçalo por achar que seu discurso não era acadêmico, já que Lavoura possuía apenas o primário (quarto ano do ensino fundamental). Ele podia não ter escolaridade, mas era extremamente culto, inteligente e principalmente um lutador e imediatamente filiou-se ao PTN (Partido Trabalhista Nacional) e fez ele mesmo a sua campanha eleitoral em um caminhão aberto com um alto falante emprestado falando ao povo -“O Brasil não precisa de doutores, mas de trabalhadores.“ ”Quero me eleger prefeito para trabalhar.” -  A pá e a picareta tornaram-se ícones na sua campanha. Não deu outra, dos 36.462 eleitores do município 13.575 elegeram Joaquim Lavoura prefeito de São Gonçalo.

Além do mandato de prefeito de 1955 a 1959, Lavoura também foi eleito prefeito de 1963 a 1967 e 1973 a 1975, onde faleceu no dia 12 de novembro deste mesmo ano por complicações pulmonares.

É inquestionável o rumo de São Gonçalo ao desenvolvimento pós Lavoura, responsável por alargamento das ruas, promoveu os calçamentos do Porto Velho e Sete Pontes, via principal entre Niterói e São Gonçalo. Comprou e instalou a Usina de Asfalto e a Fábrica de Artefatos de Cimentos (manilhas e meio-fios). Construiu estradas e pontes, visando o escoamento das produções agrícola, pecuária, comercial e industrial. Porém,  acredito que o seu maior feito foi a redução do próprio salário de prefeito de Cr$ 90.000,00 para Cr$ 16.500,00 provando que política se faz com trabalho e não com cifras. 

Nós do Recicla Leitores gostaríamos de parabenizar cada gonçalense por essa data especial onde comemoramos 100 anos do nascimento deste político e nos sentimos honrado por ser um projeto da cidade de São Gonçalo. Trabalhamos para que outros “Lavouras” apareçam  conduzindo nossa cidade, estado ou país com honestidade e muito trabalho. Joaquim de Almeida Lavoura pode ter tido apenas a educação fundamental, porém era um leitor voraz, e temos a certeza que esse hábito tornou esse homem culto e cheio de princípios éticos.  

Por: Alex Wölbert



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4/02/2013

Dia Mundial pela Conscientização do Autismo


Dica da família Recicla Leitores

Autismo é uma síndrome, que precisamos conhecer para poder compreender e amar aqueles que enfrentam este desafio. O desafio de conviver com você que é tão limitado e não eles.




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