3/17/2014

Recicla Leitores no Mochila Literária® CNA

A Família Recicla Leitores esteve presente no evento Mochila Literária® CNA, no dia 15 de março, na Livraria Cultura, no Centro do Rio de Janeiro. O evento já está em sua segunda edição na cidade e é itinerante em vários estados do país. O evento tem a coordenação geral da escritora Adriana Vargas e pelo Clube dos Novos Autores e a segunda edição carioca foi organizada pelos escritores Roxane Norris e Leo Vieira.
O evento teve a participação de leitores e blogueiros e em um espaço de tempo, onde todos puderam falar sobre sua biografia, obra e interagir com os participantes. Como todo bom evento literário, foi aberto com o Hino Nacional Brasileiro e encerrado com o sorteio de mais de 20 livros doados pelos autores, onde foi organizado em kits com marcadores, botons e sacolas, contemplando 5 leitores.


Leo Vieira

3/16/2014

Estephânia de Carvalho, Exemplo de Mulher


           O mês de março é o mês em que comemoramos, no dia 8 de março, o dia Internacional da mulher. Pode ser apenas um dia( o oito), mas a mulher é tão especial que dedicamos todos os  30 dias do mês para elas que são, dedicadas, amorosas, carinhosas, companheiras,  sensíveis e de sexo frágil.

Frágil?  Frágil é um adjetivo que não combina com a mulher. Para começar o próprio dia 8 de março tornou-se comemorativo em homenagem as trabalhadoras da fábrica têxtil Cotton em Nova York no ano de 1857 que entraram em greve contra a jornada de 16 horas de trabalho e o salário de fome. Ocuparam a fábrica e sem a menor piedade o patrão prendeu-as, fechou todas as portas de saídas e incendiou a fábrica. Então as 129 mulheres de sexo nada frágil morreram queimadas nessa luta e fizeram desse dia o dia de todas as mulheres.

Na nossa cidade não faltam exemplos de mulheres guerreiras e sem dúvida nenhuma delas é Maria Estephânia Mello de Carvalho,  um exemplo de mulher forte e determinada que lutou incansavelmente pela educação gonçalense.   

A mulher que nasceu em 7 de junho de 1885 em Cantagalo, mas para nossa sorte adotou a cidade de São Gonçalo e aqui deu o seu suor para educação. E, consequentemente para o crescimento da cidade, pois a educação é a base para o desenvolvimento.

Uma aluna brilhante no Colégio Sion, em Petrópolis, cursou Ciências, Letras, Línguas e Música.  Também cursou o Pedro II e fez vestibular de medicina.

Aos 35 anos de idade, ao casar-se com Sr. Zeno Bellido de Carvalho, abandonou o magistério e passou a morar em Niterói, mas um fato triste lhe fez voltar a se dedicar ao ensino. A morte da sua única filha aos dois anos de idade. E da tristeza nasceu a perseverança e fundou em sua própria residência um curso primário. Mais tarde é diretora do Curso Feminino do Colégio Brasil de Niterói e logo depois funda o Colégio Carvalho.

Foi aos 56 anos que Estephânia de Carvalho chegou a São Gonçalo. Em 1941 foi convidada pelo então prefeito Nelson Corrêa Monteiro para participar de uma concorrência pública para montagem de um colégio secundário no local de um casarão da Rua Coronel Moreira Cezar que a prefeitura acabara de adquirir para essa finalidade.

Passa seu Colégio Carvalho em Niterói para Dr. Plínio Leite e inaugura em 10 de novembro de 1941 o Colégio São Gonçalo contrariando muitos que não acreditavam possível um curso secundário em São Gonçalo. Não só provou que era possível como fez melhor inaugurando a primeira Escola Normal de São Gonçalo e um Curso Técnico de Contabilidade.  

Participou ativamente na cidade como a Campanha de Manutenção e Auxílio às Famílias dos Combatentes da Segunda Guerra Mundial e foi uma das principais responsáveis pela campanha pró-busto do Dr. Luiz Palmier. Foi responsável também por um dos maiores marcos históricos da cidade, o Cruzeiro da Coruja que foi inspirada e construída por essa grande mulher com a ajuda de seus alunos. Dela também partiu a iniciativa de iniciar as comemorações do Dia do Município com o desfile cívico que anos depois foi incorporado pelas autoridades municipais e se tornou tradicional na cidade.

Foi a generosidade que tornou Estephânia de Carvalho uma mulher admirável. Tinha um coração imenso e não deixava ninguém de fora. Muitas mães devem a ela a felicidade de uma bolsa de estudo e um curso concluído. Era uma verdadeira mãezona e nenhum aluno deixava de estudar, mesmo os mais pobres. Ficou conhecida como “ A mãe do Estudante Pobre Gonçalense”.

Quis o destino que fosse no dia 2 de 1958 do mês de março, justamente no mês de comemoração Internacional da mulher, que este exemplo de mulher nos deixou. Descansou depois de tudo que fez pela educação de São Gonçalo. Tanto que seu reconhecimento renderam muitas homenagens  como o Colégio Municipal Estephânia de Carvalho no bairro do Laranjal que atende uma média de 3.500 alunos cursando primeiro e segundo graus. Uma das principais homenagens foi dar o nome a principal praça do Município. Antes chamada de “Praça Cinco de Julho” e também chamada popularmente de “Praça do Zé Garoto” tem o nome de “Praça Estephânia de Carvalho” onde o povo em respeito a sua memória ergueu um monumento com seu busto.

Finalizo parabenizando todas as mulheres que assim como a professora Estephania de Carvalho são fortes como uma leoa e delicadas como uma rosa.

PARABÉNS MULHER! EXEMPLO DE GARRA, FÉ E AMOR! 


Texto: Alex Wölbert



3/11/2014

Leitura Desnecessária que é Necessária

A falta de atenção na carreira literária é grande e frequente. Quem nunca se
distraiu e se perdeu em uma pesquisa ao analisar uma bobagem na internet? Isso acontece com todos. Seja uma piada, ou imagem engraçada, ou curiosidade, ou cultura inútil, entre outras coisas. As redes sociais se tornaram a maior inimiga do leitor virtual e mais ainda do escritor.
Quando for estudar no computador, e tiver a necessidade de fazer eventuais consultas na internet, não deixe as páginas sociais abertas. Senão o seu desempenho pode ficar reduzido absurdamente.
Se você for escrever, também faça o mesmo. Se surgir algum link notável, salve-o para consultar depois. Mas se você não resistir, aprenda a se policiar com pequenas regras e metas para concluir seus objetivos literários.
Mas afinal, essas bobeiras são nocivas? Depende muito, porque tudo em demasia é ruim. Mas posso dizer que para um escritor, uma leitura ruim pode ser boa.
Todo leitor, por mais acadêmico e refinado que seja o seu gosto, vai gostar de ler umas inutilidades e serão exatamente essas palhaçadas que irão dar corda em suas ideias. É igual em uma sopa, onde vamos escolhendo os melhores legumes, removendo as cascas, folhas, sementes e partes ruins. Muitas ideias originais surgiram em momentos ociosos. A mente humana precisa estar entretida para produzir novidades agradáveis.

Nesta mesma linha de raciocínio, não vamos questionar, criticar e/ou oprimir quem compartilha certas bobeiras nas redes sociais. É claro que tudo tem um certo limite, mas vamos ter o bom senso e mensurar as coisas boas de cada um, seja como for.


Leo Vieira

3/09/2014

É Hora da Mobilização

Como eu sempre costumo ressaltar em minhas postagens, as atividades de um escritor não se resultam em apenas escrever. Um escritor também precisa tomar à frente de causas culturais literárias. Durante esses poucos anos, foram filiações, Honras ao Mérito, Moções de Aplauso, comendas, medalhas, títulos, premiações, troféus, Honoris Causa e muitos outros reconhecimentos e homenagens, fruto de muito esforço e dedicação.
Mas de nada vale você ser acadêmico, comendador e/ou ter reconhecimento nobiliárquico se você cruza os braços e vira as costas para algo que está dependendo de sua atenção, disposição, comunicação e mobilização.
O Recicla Leitores é um projeto itinerante responsável pela coleta e distribuição de livros para diversas instituições e comunidades. Foram muitas regiões que foram atendidas, através das feiras de coleta e circuitos culturais. O Recicla Leitores também promoveu encontros e palestras, além de gincanas com rodas de leitura e entretenimento para crianças. E eu sou voluntário e colaborador, acompanhando tudo
isso de perto.
Todas as atividades do Recicla Leitores são sem fins lucrativos. Porém os propósitos do grupo estão começando a gerar despesas. É muito triste saber que um projeto tão nobre como esse corre o risco de ser FECHADO (!) por falta de verbas; por isso que preciso frisar no assunto com todos nós.
O Recicla Leitores (coordenado pela família Aline Lucas, Victória e Alexandre Wölbert) está empenhado na construção da Biblioteca Comunitária. O local (em São Gonçalo-RJ) contará com espaço para pesquisas, leituras e estudos; brinquedoteca com brinquedos em Braille e sonoros; Ponto de Leitura com acervo em Braille e audiobooks; além de também se tornar a sede para muitos outros eventos, como encontros culturais, cursos e oficinas literárias.
Para não ficar com essa conversa de "vamos depositar", "vamos fazer doação", etc. Eu prefiro convidar a todos para CONHECER o projeto. Tirem um momento para conferir as páginas do Recicla Leitores e as suas atividades. Existem históricos, fotos, calendário de atividades e todo tipo de informação e referências que precisarem. Sempre tem algo que cada um pode fazer para ajudar, seja em depósito, ou então fazendo doação de material, ou até mesmo compartilhando essa matéria. E por que não também criar a sua própria mensagem de mobilização para os seus contatos virtuais?

A Biblioteca Comunitária ficará linda. Não vamos deixar que mais uma instituição cultural literária feche as atividades por falta de mobilização e apoio.

Contatos:

https://www.facebook.com/reciclaleitores
reciclaleitores@yahoo.com.br
(21) 3471-7640

Conta para depósito: Caixa Econômica Federal AG: 3594 Conta Poupança (5zeros) 211-0 Operação :13 Aline da Silva Lucas
(também pode ser feito em Casas Lotéricas)

Cartão de Crédito pelo PagSeguro, basta ir até o site e clicar no ícone do PagSeguro.
www.reciclaleitores.com.br (fotos, vídeos e maiores informações sobre a campanha e o projeto)


Leo Vieira

3/05/2014

Aprendendo a Compor

Até onde vai o limite de um escritor? Você poderia responder? Você poderia se
classificar? Será que você poderia se definir até onde pode ir na escrita? Se você ainda está pensando, desista! Um escritor não pode se reter no processo criativo.
Escrever é uma aventura cansativa, porém gratificante. É um momento em que você define um mundo ainda bruto e desconhecido, onde através de suas palavras e criatividade, irá dar forma e transformar o enredo, com beleza e graça. A suavidade e sabedoria na escolha do momento certo de usar as palavras farão que você se torne um bom guia de mais uma esplendorosa experiência literária, seja ela um texto curto ou um romance.
O experimento é o primeiro passo para a construção do enredo e argumento. A partir daí, você passará a tecer o caminho da aventura. Você precisa sentir a obra que irá apresentar.
E o processo criativo para uma música? Será que você se sente capaz para compor?
Não titubeie na resposta! Todo escritor compõe. A música está por toda a parte e tudo é um processo criativo que precisa ser desenvolvido através do treino e da prática.
As músicas, assim como qualquer outro texto precisam de motivo e conteúdo para existirem. Não crie música somente pela rima, ou a mesma poderá ter vida vaga e curta.
É preciso saber algum instrumento musical para compor? Se souber, melhor. Um violão ou piano ajudam bastante. Se souber cifrar (desenhar notas musicais junto à letra), melhor ainda. Mas isso se desenvolve com o tempo e interesse.
Prepare o gravador (do celular ou do PC), o papel, lápis, borracha, o violão (se
preferir) e mãos à obra!

MELODIA:
Se não quiser fazer com nenhum instrumento (o que eu particularmente, até acho mais prático), se concentre nas notas musicais. Escreva os sons no papel e toque com o lápis, fazendo a leitura das notas. Não tenha pressa. A melodia irá começar a nascer disformemente. Daí você vai observando até que o som vai começar a ficar mais "digerível". O trecho que você mais gostar, selecione e grave. A partir dele, você poderá desenvolver o refrão. E nele você esticará a introdução, a harmonia, o ritmo, o andamento, o refrão e o desfecho.
Com a melodia pré-definida, você já tem uma base para inserir a letra.




LETRA:
A composição geralmente é um conto ou crônica. Nem sempre é um poema, porque ele não pode ser muito limado nas estrofes. Compor uma letra musical é o momento de por melodia em uma história com conteúdo e rimas.
Geralmente terá duas estrofes, cada uma com quatro versos (linhas). A primeira estrofe é a introdução, com uma boa apresentação da história. A segunda é um gancho para conduzir a melodia para o refrão, que também pode ser uma estrofe com quatro linhas ou até mesmo três, com a última com um verso mais longo (sugestão).
O refrão é muito importante porque é o momento em que a energia musical será mais potente. É o momento do ápice da apresentação. Também é com a melodia do refrão que se esboça a introdução musical e até mesmo se escolhe os instrumentos mais compatíveis. Depois, é só fazer a segunda parte da letra (que geralmente tem o mesmo refrão).

E não é só isso. Revise, treine, cante, reescreva, grave e ouça o resultado. Depois é só levar a melodia cifrada (se não souber, encomende o serviço a um profissional) para registro. Grave em estúdio também (com banda), se preferir.
Já imaginou compor uma música para cada livro? Ou quem sabe para cada capítulo e/ou personagem? O que acha de lançar o CD oficial do livro?

Tudo é válido para uma mente criativa bem desenvolvida. O processo para aprimoramento é o mesmo de um romancista: muita leitura, pesquisa, treino e amor pela arte.


Leo Vieira