5/11/2017

LEO VIEIRA: “AMIZADES” LITERÁRIAS

“Eu quero apenas olhar os campos
Eu quero apenas cantar meu canto
Eu só não quero cantar sozinho
Eu quero um coro de passarinhos

Eu quero apenas um vento forte
Levar meu barco no rumo norte
E no caminho o que eu pescar
Quero dividir quando lá chegar

Eu quero crer na paz do futuro
Eu quero ter um quintal sem muro
Quero meu filho pisando firme
Cantando alto, sorrindo livre

Eu quero amor decidindo a vida
Sentir a força da mão amiga
O meu irmão com um sorriso aberto
Se ele chorar quero estar por perto

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar”
(Eu Quero Apenas- LP Roberto Carlos- Gravadora CBS [1974])

Esta letra composta pela dupla de amigos mais famosa da MPB (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) nos dá um exemplo muito bonito do que realmente significa uma das maiores virtudes do ser humano, que é a amizade.
Para que alguém vai querer “ter um milhão de amigos?”
Pra cada um te dar R$1 real? Ou então pra cada um votar em você?
Cultive os poucos amigos que tem e eles valerão mais do que dinheiro, status, devaneio ou qualquer outro surto megalomaníaco.

É muito fácil ter um batalhão de amigos para ir na sua festa badalada. Mas são muito poucos os que te acompanhariam em um momento de tristeza e enfermidade.

Amizade se oferece; ninguém pode querer ter um bom amigo sem antes se tornar esse bom amigo.
Amizade se cultiva; através de conselhos sinceros (leia Provérbios 27:9), sendo um bom
companheiro (leia Eclesiastes 4:9-10) e estimando a amizade nos momentos bons e ruins (leia
(Provérbios 17:17).

Felizmente, amizade também se recicla; aquelas “amizades-lixo” que não servem mais pra nada. São repugnantes e incômodas. Precisam ser descartadas e enterradas, para talvez fazer algo melhor brotar, no futuro.

Eu digo isso porque tenho visto nesse meio literário muitas amizades falsas. Vi também muita
gente legal se decepcionando com pessoas sem caráter. Vi sociopatas querendo manipular, puxar tapete e se destacar às custas dos outros. Pessoas interesseiras que fingem amizade e que depois que conseguem o que querem, desaparecem sem o mínimo de gratidão. Isso quando não desfaz a amizade.
Depois querem falar que há desunião? Eu prefiro dizer que há hipocrisia!
Abomino e repudio essa atitude medíocre, mesquinha e imatura.
Dispenso amizades falsas e não dou segunda chance para quem apronta comigo.
E vocês (blogueiros e escritores), fiquem mais espertos quando um parceiro efusivo ficar cheio de gentilezas para o seu lado. Não é porque somos legais que vamos deixar sermos feitos de trouxa.
Leo Vieira

Leo Terário


® Leo Vieira- Direitos Reservados

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